Apolo (deus do Sol) e Dionísio (deus do vinho) são deuses da mitologia grega nos quais o filósofo alemão Friedrich Nietzsche se inspirou para caracterizar uma alternância entre duas maneiras fundamentais de ver o mundo e representá-lo nos textos literários.
Segundo o filósofo, a visão apolínea caracteriza-se pela ênfase em uma postura objetiva, racional, analítica, fundamentada no real. Através da visão apolínea, Nietzsche explica as características assumidas pelos gêneros dramático e épico.
Ulisses, amarrado ao mastro do barco, resiste ao canto das sereias, na Odisseia, poema épico de Homero (c. 500-480 a.C. Pintura de vaso grego)
Por outro lado, a visão dionisíaca é, segundo o filósofo, caracterizada por uma postura emocional, subjetiva, idealista, típica, na visão do filósofo, das produções líricas.
O interessante é perceber, à medida que nos aprofundamos no estudo das escolas literárias, que realmente podemos observar um movimento pendular dos escritores, ora optando por uma postura mais analítica e objetiva, ora investindo no subjetivismo das emoções.
Fonte: Livro de Português – Volume único, de Maria Luiza Abaurre, Marcela Nogueira Pontara e Tatiana Fadel.